terça-feira, 24 de julho de 2012

FIM (2)

Há verdades nunca ditas;
Há sorrisos nunca abertos;
Há saudades nunca expressadas;
Há distância no perto.

Será que vale a pena,
Um amor que às pedras parece?
O plural se dividiu;
E a alegria se entristece.

No olhar não há mais carinho;
E os nós se desfizeram;
O junto anda sozinho;
Por entre as memórias que se mantiveram.

                                                                       (FMGR, 02/04/2012)

Caminhos...

Vá!
A vida não espera, meu amigo;
O caminho é longo,
Se parar, ela te traga;
Como os olhos de Capitu.
O hoje virou ontem há tempos;
O verão já encontrou as flores.
Sem que haja motivos,
Vá!
Sem olhar pra trás,
Corra.
Tropeços serão constantes,
Mas não pare,
Vá!
                                   (FMGR)

terça-feira, 17 de julho de 2012

HOMO SAPIENS

Se a bondade te toca,
Se há brilho no olhar,
Se o sorriso lhe invade,
Se és capaz de chorar,
Se a paixão lhe queima,
Se o viver lhe causa dor,
Se tens na alma a verdade,
Se há no peito ardor,
És ser humano de carne,
És homem, sim senhor.
Não haverá quem contradiga,
Se o que nos explica,
é o amor!
(FMGR)

FIM

Ando em meio à multidão;
Mas o que me acompanha é o nada;
Os olhos vêem, mas não enxergam,
As mãos se unem, mas não sentem.


Talvez o só seja mais junto;
Talvez não sejamos mais os mesmos;
E não compreendamos as diferenças.


O beijo já não tem o mesmo gosto;
O cheiro já não é mais sentido;
E o que sobrou foi o sentimento estranho,
De nunca termos nos conhecido.